No horizonte de eventos a gravidade às vezes não funciona. A luz se comporta tanto como onda como quanto partícula … ao mesmo tempo. Os elétrons simplesmente desaparecem … o tempo todo.
Se o universo é tão incontrolável e imprevisível, a páginas tantas tão cheio de possibilidades, por que nossos pensamentos sobre nossas vidas são tão limitados?
Ao cabo da centenas de anos, a ciência e a religião se separaram; elas se tornaram antagonistas no grande jogo de explicar e descobrir. Mas a ciência e a religião são dois lados da mesma moeda. Ambas ajudam a explicar o universo, nosso lugar no grande plano e o significado de nossas vidas. Na verdade, elas só poderão começar a cumprir esse papel de forma adequada quando se unirem.
Pelo poder determinante dos fatos, quem somos nós? é um ponto surpreendente de ciência. Com a ajuda de mais de uma dúzia de cientistas, pesquisadores e teóricos, esse ponto nos conduz através do espelho da física quântica para dentro de um universo que é mais estranho e vivo do que poderíamos imaginar. E então somos levados além, até a fronteira final do conhecimento científico sobre a consciência, a percepção, a química do corpo e a estrutura cerebral. De que é feito um pensamento? De que é feita a realidade? E o mais importante, como um pensamento muda a natureza da realidade?
Nos andaimes do mundo essa ciência mostra o caminho não somente para o mundo material, mas também para as profundezas dos domínios da espiritualidade. Nisso, se a observação afeta o resultado, nós não somos apenas parte do universo, na verdade nós o criamos. Se os pensamentos são mais do que disparos aleatórios dos neurônios, então a consciência é mais do que um acidente atômico. Um poder mais alto existe, mas ela está mesmo lá fora? Onde fica a linha divisória entre o lá fora e o aqui dentro?
Este não é o apanhado de respostas definitivas, mas um rol de perguntas nos moldes que ampliam a mente. É o apanhado que mostra não o caminho, mas as infinitas possibilidades. Pensa-se precisar ir para o emprego todo dia, realizar as mesmas tarefas, ter os mesmos pensamentos, se sentir da mesma maneira? Bem, faz parte deste tema o pensar, ou de se pensar de novo…
Então, esperando o inesperado, nossos pensamentos têm importância? Sim, eles são a cocretização da realidade. O que é um pensamento? Bem, um pensamento é um momento congelado na corrente da consciência, que o cérebro processa e coloca em um pacote chamado neurônio, e que recebe cobtribuições da memória associativa.
Consequentemente, pela cultura do consumo, quando se tem um pensamento e se diz: “Esse pensamento tem significado e poder?, ele tem, porque é uma estrutura sobre a qual a realidade está tecida. É na verdade a arquitetura da realidade. Então, quando você cria o seu dia, você compõe em pensamento, e quando você observa o pensamento, ele se torna a forma na qual a realidade é moldada. Assim, as aventuras do dia são baseadas no seu pensamento.
Sucede, ademais, então a unidade básica da mente humana é o pensamento. Os pensamentos são os alicerces e os tijolos de todos os tipos de conhecimento: dos lúcidos aos estúpidos, das ideias inteligentes às perturbadoras, das ciência humanas às lógicas. Os pensamentos também são os trilhos das emoções. Pensa-se no futuro e sofre-se depois por antecipação. Rumina-se discriminação e experimentam-se, angústias. Alegria e tristeza, euforia e humor depressivo, prazer e desditas, aplausos e vaias, autoestima e autopunição, amor e ódio, enfim, o universo das emoções depende dos trilhos dos pensamentos.
Assim, nesta ordem de ideias, a gestão da emoção depende diretamente da gestão dos pensamentos. O Eu precisa dar um choque de lucidez nos pensamentos débeis, autopunitivos radicais, pessimistas para liberar a emoção do cárcere. Mas, — eis um placebo ! — em que empresa ou universidade se ensina o Eu a deixar de ser um mero espectador passivo e a confrontar, criticar e duvidar dos pensamentos que atuam em nossa mente?
A torto e a direito, primeiro se pensa, depois se sente, a não ser quando ocorre uma alteração metabólica cerebral, patrocinada, por exemplo, por drogas psicotrópicas, como um ansiolítico ou cocaína. Nesse caso, a princípio a droga excita o território da emoção para, em fração de segundo, estimular a produção de pensamentos. Mas estes, uma vez construidos, continuam a exercitar seu papel vital de nutrir as emoções.
Há uma convicção de que o pensamento representa a última e mais importante fronteira da ciência. É uma afirmação posto que é o alicerce de todos os tipos de conhecimento: da ciência, das religiões, da psicologia, da engenharia, das artes e das guerras. A seguir, nos próximos capítulos, vamos abordar sinteticamente os tipos e pensamento e suas implicações para a gestão da emoção e o desenvolvimento do raciocínio e do desempenho pessoal e profissional. É de se acreditar que causará surpresa. (Continua)
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É advogado (OAB/AM 436). Cursou Direito, Comunicação Social (Jornalismo), Contabilidade, Oratória. Ex Funcionário BEA e Banco do Brasil, nomeado Fiiscal de Bancos pelo Banco Central. Lecionou História, Articulista. Contato: [email protected].
Quem somos nós? o que nós não sabemos que não sabemos (parte 1)
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