Dino suspende R$ 4,2 bilhões para emendas e pede investigação da PF

O ministro afirmou que o pagamento não é compatível com os princípios da Administração Pública e das Finanças Públicas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, suspendeu nesta segunda-feira (23), primeiro dia do recesso parlamentar de fim de ano, o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares. Dino também determinou que a Polícia Federal inicie um inquérito para investigar a liberação dessa verba.

Segundo o magistrado, há uma “persistente inobservância” dos deveres constitucionais e legais estabelecidos pelo Congresso Nacional, especialmente no que se refere à transparência, rastreabilidade e eficiência na utilização de grandes quantias de recursos públicos.

O ministro afirmou que o pagamento não é compatível com os princípios da Administração Pública e das Finanças Públicas e mencionou supostos desvios identificados em auditorias dos Tribunais de Contas e das Controladorias, além de relatos de “malas de dinheiro” apreendidas em operações policiais e do Ministério Público.

Ele ainda destacou que essa situação reflete uma “degradação institucional” que configura um “quadro inaceitável de inconstitucionalidades”, exigindo uma atuação constante do Supremo Tribunal Federal.

 

 

 

 

Redação

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